Note to Self: Run, Forrest, Run!

Olá, pessoas!


Hoje sinto que tenho de vos falar de uma atividade que iniciei.
Lembram-se daquelas resoluções de ano novo: "fazer exercício físico"? Pois bem, esta alminha colocou o seu corpitxo em roupas de fitness, que é como quem diz blusão da quechua e calças de fato de treino...que aliás, é como quem diz, roupa de limpar a casa ao fim de semana... e foi para a avenida da cidade. Um sítio muito agradável, diga-se. À beira mar plantado com um corredor já disponível para os runners. Pois é, fui para lá a sentir-me uma runner, até já estava a pensar em inscrever-me em maratonas, em comprar uma fitinha para a cabeça para apanhar o suor antes de este me chegar aos olhos. Todo um aparato! Na minha cabeça só soava o "Eye of the tiger"! Toda eu era motivação e aquecimento de virilha.

Meu Deus que eu não sabia o que me esperava. Estava eu a chegar ao primeiro quilómetro e todo o meu corpo estava a gritar de agonia, parecia que sentia todas as células do meu corpo - adormecidas que estavam - a suplicarem-me para parar com aquela brincadeira, que não tinha graça nenhuma. As minhas pernas já não diziam nada porque entretanto morreram (R.I.P), acho até que derramei uma lágrima involuntariamente. Naquele momento, pensei que preferia ter espetado uma faca na parte de cima da perna do que ter de fazer aquele percurso. E o pior é que estava cada vez mais longe de casa, com certeza teria de voltar para trás. É que eu só tinha recordações negras daquelas aulas de atletismo em Educação Física. E elas estavam bem recalcadas no meu subconsciente.

E agora vocês perguntam: mas então, Catarina, se estavas em agonia porque não paraste simplesmente e voltaste para trás? Ora, porque uma pessoa tem o seu orgulho, não é? Ia acompanhada, pelo que me perguntavam se eu estava bem e eu com a minha poker face fiz só aquele sinal de ok com os dedos. Estava só a fazer-me forte. É que a certa altura uma pessoa tem de rezar para que o atacador do téni se desamarre para termos desculpa para parar e dizer "ah, não pares, vai andando que eu já te apanho!".

E o dia seguinte? Estou aqui que não me aguento. Todos os musculos do meu corpo estão em modo poupança de energia e a enviar-me pequenos espasmos que é para eu aprender. Mas, claro, já me fizeram hoje a pergunta: "Então, vamos correr hoje outra vez?". E eu quero dizer que não volto nunca mais nesta vida, que aquilo é uma tortura chinesa... mas isso significaria desistir. E este ano eu resolvi que não iria desistir!


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